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O terror em Moçambique e a urgência de combater as máfias jihadistas

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Foto: Marco Longari/AFP

Há vários meses que os moçambicanos vivem um autêntico filme de terror, com a província de Cabo Delgado refém de milícias financiadas por fundamentalistas islâmicos, presume-se que pelo próprio Daesh. Centenas de mortos, milhares de deslocados, aldeias arrasadas e uma situação de medo e insegurança permanente, que conheceu há dias um dos seus episódios mais horripilantes e sangrentos, com a decapitação e desmembramento de 50 pessoas.

Apesar dos laços estreitos que nos unem a Moçambique, do passado colonial à CPLP, pouco ou nada temos ouvido a este respeito, quer dos responsáveis políticos, no poder e na oposição, quer da comunicação social, que lá vai reportando um ou outro massacre, lá mais para o final do alinhamento do telejornal. Onde está o país que se mobilizou pelos timorenses, na sequência do massacre de Santa Cruz? Alguém o viu por aí?

Transpondo para o plano internacional, é notória a ausência de uma estratégia concertada do mundo democrático para combater o fundamentalismo islâmico. França tem estado a ferro e fogo e os terroristas têm sabido aproveitar-se da permissividade das sociedades democráticas para promover a sua agenda de ódio e violência. Também na Suécia, Áustria e Alemanha têm sido reportados outros casos, ainda que de menor dimensão, mas não menos preocupantes.

Por tudo isto, e por muito mais que poderia ser dito, é urgente que as democracias ocidentais se unam em torno de uma estratégia consistente, que nos permita combater estes criminosos de forma mais musculada. É preciso monitorizá-los, persegui-los e encarcerá-los. É preciso identificar os locais de culto onde imãs radicais pregam a jihad, fechar esses locais e prender todos os criminosos, passivos e activos. Deportá-los, se necessário. Esperar que nos destruam por dentro é que não pode ser a solução. Até porque, quanto mais rápido conseguirmos destruir as máfias islâmicas, mais rapidamente conseguiremos desarmar a narrativa islamofóbica e xenófoba da extrema-direita. Matar dois coelhos fascistas com uma só cajadada seria uma grande vitória para a liberdade, para a democracia e para os direitos humanos.


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